A música é algo já intrínseco que nos percorre o sangue...Qual é o Ser Humano capaz de viver isolado de certa forma dos sons que compõem o mundo? Sinceramente acho que nenhum... Grandes questões se levantam...Afinal qual será a especificidade da música?
O mundo murmura pelo seu coração…O seu palpitar único e característico é o profundo sentido do nosso interagir e reconhecimento do próprio mundo…O ser humano social é o fruto biológico desta mesma linguagem específica que pertence intrinsecamente á alma terrestre…
Simplesmente o homem chamou-a de música…Contudo Deus foi mais longe e intitulou-a com o seu próprio nome…
É o Alfa e o Ómega…Tudo se transformou á cerca de 15 biliões de anos quando um conjunto, uma massa extraordinariamente complexa, algo pré determinado musicalmente explode! A melodia num impasse surge…Algo de novo que percorre o desconhecido imaterial…Vagamente uma manifestação energética, mas verdadeiramente a musicalidade do Universo…Em nada se tardou a propagar pelo vazio infinito espalhando a sua própria magia criadora…
A evolução começou a dar azo á sua imaginação…De poeiras interestelares em progressivo arrefecimento formaram-se as diferentes galáxias, enxames de galáxias, os superenxames, entre outros, que incrivelmente hoje em dia, segundo a segundo que passa na nossa vida, se continuam a desenvolver …
A melodia não estava completa… Á 4,5 mil milhões de anos de anos formou-se a Terra em conjunto com o restante Sistema Solar. A música ganhou vida… O regurgitar da vida na Terra, presenciado por um exponencial biológico, permitiu que a música fosse traduzida e transformada para as formas mais variadas…Daí surge o homem, que se destaca na complexidade que deu a tal instrumento…O simples e banal conceito de comunicação que nos está incutido é algo falacioso que nos persegue… A comunicação é basicamente parte da dimensão do infinito da musicalidade…E tal característica humana que nos distingue dos restantes seres que nos acompanham ao longo da jornada da vida…Permite um entendimento objectivo e coeso entre diferentes pessoas de uma civilização e que por sua vez revela o profundo sentido do que a que chama-mos “ser biologicamente social”...A dita e cuja verdade revela que o homem á margem de uma sociedade não é homem nem consegue ser homem. Por simples dedução, o nosso cérebro remete-nos aos alicerces, á base de uma cultura…Surpreendentemente, por tal raciocínio, temos que admitir a linguagem verbal, como ser profundo da razão da nossa existência… Aquilo que permite que haja o continuo desenvolvimento e formação da diversas civilizações tais como a integração dos diversos indivíduos nas mesmas dá-se através desta “fala universal”…A música é símbolo de diversas culturas…
Porventura, esta não fica somente por uma base intelectual e social tal como muitas pessoas o pensam enganosamente, tal e qual como um simples superstição do nosso dia-a-dia…Uma vaga e mera prova do nosso presente século XXI, pertencente á vastidão deste conceito basta para desmistificar esta filosofia sobre algo que nos está já no próprio sangue… A 5 de Setembro de 1977, a sonda Voyager I é lançada para o espaço pela NASA, transportando na mesma um disco de cobre e ouro de doze polegadas, contendo diversos sons e imagens seleccionadas pelos maiores intelectuais da nossa sociedade (tais como Carl Sagan), com visto a mostrar ao universo a diversidade da vida, da sociedade e da cultura na Terra...Contudo é a peculiaridade da música que revela a esperança dos grandes génios em transpor a civilização Terra para além da “bola azul”. Diversas músicas tais como os dois primeiros compassos da Cativo de Beethoven, saudações do Presidente dos Estados Unidos (Nelson Rockefeller), parte dos sons característicos da Terra, vozes humanas e sons de animais foram gravadas neste mesmo CD. Estas mentes pré determinam a possibilidade de que seres inteligentes que possam viver nos confins do Universo tenham uma habilidade natural para a música, pois esta inclui elementos presentes na Matemática e na Física, tais como ritmos, períodos, frequências, entre outros…
A potencialidade que a música representa ainda em nada é um dogma…O simples facto de relativamente á pouco tempo saber-se que os sons emitidos por um inofensivo bebé, um ser que outrora era pensado como um indivíduo passivo e que simplesmente nem dava aviso das suas necessidades, ser sinal de angústia, fome, alegria, receio entre muitos outros sentimentos e necessidades básicas que este necessita, vem mostrar que a música ainda tem muito que divulgar…Muito ainda há para descobrir e criar…
A música acompanha o desenvolvimento do Universo…
Grupo "Feel the Music"
Sem comentários:
Enviar um comentário